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Como gerar renda na pandemia para comunidades carentes?

16/06/2020 14:33

A pandemia do coronavírus mudou o cenário e a rotina dos brasileiros. Com o distanciamento social como uma das medidas de prevenção do coronavírus, muitos brasileiros encontram ainda mais dificuldade para sobreviver. Por isso, conheça algumas estratégias que potencializam a economia nas comunidades carentes.

De acordo com o Tecno Notícias muitos moradores das comunidades são autônomos ou informais. Por isso, muitos projetos e ações foram e estão sendo colocados em prática para aliviar o impacto econômico e social do coronavírus. Essas ações facilitam o acesso a serviços e produtos locais, e ainda promovem oportunidades de trabalho para quem teve a renda prejudicada.

Produção de máscaras gera renda

O uso de máscaras caseiras, confeccionadas em tecido é indicado para minimizar o risco da contaminação pelo Covid-19. Por isso, o projeto Moda Alegre de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul lançou a campanha Costurando Solidariedade. A iniciativa vai gerar renda para comunidades carentes por meio da venda e distribuição gratuita de máscaras.  Essa é uma maneira de gerar renda para trabalhadores do segmento têxtil que tiveram suas atividades prejudicadas pela pandemia.

O Costurando Solidariedade recebe doações de tecidos e aviamentos de uma rede solidária de pessoas físicas e jurídicas. Os materiais são entregues às costureiras, fomentando a cadeia produtiva e solidária. Já são mais de 20 comunidades beneficiadas com o projeto.

A redação conversou no dia 13 de junho com Karina Chaves, jornalista da Moda Alegre e nos contou as diversas ações que estão sendo realizadas, além do projeto Costurando Solidariedade:

“Durante a pandemia foram feitas várias ações e projetos. O Costurando Solidariedade tem o apoio da Prefeitura de Porto Alegre. Há também o Adote uma comunidade que é o envio de cestas básicas para a comunidade. E ainda os Drive-thrus da campanha do gasalho, onde as roupas ficam em quarentena”.

Como ajudar na campanha Costurando Solidariedade?

Há duas formas:

1) Comprando tecidos/aviamentos e doando para as costureiras;

2) Comprando as máscaras direto das costureiras.

Também vale ressaltar que pessoas físicas ou jurídicas que quiserem participar do projeto com a doação de materiais para a produção de máscaras, ou com recursos financeiros, podem entrar em contato com a Moda Alegre.

Conheça outras ações realizadas pelo Brasil

Projeto Ruas: Estima-se que aproximadamente 100 mil pessoas no Brasil se encontram em situação de rua, sendo 14.5 mil no Rio de Janeiro. Por isso, a associação, que presta apoio a pessoas em situação de rua, criou o projeto #popruaeumeimporto, que tem o objetivo de orientar a população sobre como ajudar moradores de rua nos momentos em que precisarem sair de casa durante a quarentena.

Gerando Falcões: é uma organização social que atua dentro de estratégia de rede, em periferias e favelas e está com uma campanha de arrecadação de cestas básicas digitais.

Nas redes sociais, artistas e influencers vêm auxiliando na divulgação das doações de cestas básicas, que acontecem através de uma plataforma de arrecadação de dinheiro.

Maneiras de ajudar os mais vulneráveis ​​durante a pandemia do COVID-19

 

  • Ajudar com cestas básicas

É importante não apenas garantir que as pessoas acessem suprimentos básicos de alimentos, mas também que eles tenham dinheiro para comprá-los. Em média, os alimentos são responsáveis ​​por até 60% das despesas das famílias em países de baixa renda e 40% nas economias de mercado emergentes e em desenvolvimento.

Por isso, muitos projetos envolvem a entrega de cestas básicas para famílias carentes em diversas regiões do Brasil.

  • Envie mensagens de texto às pessoas para garantir sua saúde mental e bem-estar

Entre muitas perturbações globais da saúde, econômicas e sociais, o coronavírus forçou milhões a se isolar fisicamente. Combine isso com uma extensa cobertura de notícias sobre a pandemia e o futuro desconhecido, e não é surpresa que a ansiedade esteja aumentando.

Muitas pessoas estão se sentindo ansiosas, por isso, especialistas recomendam que quem se sentir assim procure ajuda.

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Bolsonaro comete três crimes ao incentivar invasão de hospitais

12/06/2020 18:21

Na sua live de quinta-feira (11/6), o presidente Jair Bolsonaro incitou seus seguidores a entrar nos hospitais públicos e de campanha para filmar o atendimento a pacientes com a Covid-19, doença contagiosa que já matou mais de 41 mil brasileiros e deixou um rastro de quase um milhão de contaminados. “Tem um hospital de campanha perto de você, tem um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tá fazendo isso, mas mais gente tem que fazer, para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não”, afirmou, nas redes sociais.

A jurista e advogada criminalista mestre em Direito Penal, Jacqueline Valles, afirma que, ao incentivar que as pessoas se exponham a um grave risco invadindo hospitais, a fala do presidente pode ser enquadrada em três artigos do Código Penal. “A fala de Bolsonaro na live pode ser enquadrada nos crimes previstos nos artigos 268, 286 e 287 do Código Penal. Ao incentivar seus seguidores a invadirem hospitais, o presidente incita que as pessoas cometam crime contra a saúde pública e faz apologia ao crime”, completa a jurista.


Dra. Jacqueline Valles, advogada criminalista
mestre em Direito Penal

O artigo 268 criminaliza a desobediência de determinação do poder público destinada a impedir a propagação de doença contagiosa. No artigo 286, está o delito de incitar, publicamente, a prática de crime. E o 287 abrange a apologia de crime ou criminoso.

Jacqueline explica que, diante da situação, cabe aos órgãos de fiscalização das autoridades, como a Procuradoria-Geral da República (PGR), investigar a conduta do presidente e, assim, evitar que novos crimes sejam cometidos. “Ele fala em mandar a ABIN e Polícia Federal investigar supostas denúncias. Mas é preciso dizer que não se pode incentivar as pessoas a cometerem crimes para fiscalizar, função essa que cabe a órgãos de Polícia Judiciária e do Ministério Público”, pontua.

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12 de junho Dia dos Namorados

12/06/2020 11:57

O escritor, dramaturgo e poeta Álvares de Azevedo costumava dizer que, “em negócios de amor, nada de sócios”. A frase cunhada pelo autor paulistano do século XIX, porém, nunca foi usada para dizer que negócios e amor não combinam. 

Na vida real, aliás, o que acontece é exatamente o contrário. Na prática, vários casais empreendedores provam que as duas coisas não só combinam como podem, sim, dar muito certo quando administradas em conjunto. 

No Dia dos Namorados, conheça as histórias de empresas nascidas e crescidas a partir do amor de dois espíritos empreendedores. 

OrthoDontic 

Da faculdade para os negócios 

Ana Lúcia e Fernando Massi começaram a namorar em 1994, durante o primeiro ano do Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina. Após a graduação, o casal passou a procurar por formas de empreender dentro de seu mercado de atuação e, com a ajuda de outros três sócios e ex-colegas de classe, fundou a OrthoDontic – maior rede de clínicas de ortodontia do país. Com o empenho de todos, a primeira clínica foi montada em 2002, em um pequeno imóvel que pertencia aos pais de Ana Lúcia. Hoje, a rede conta com mais de 240 unidades no Brasil. “Estamos juntos há 26 anos. Somos pessoas diferentes, mas que lutam para alcançar os mesmos sonhos. Esta união nos proporcionou construir uma família incrível e um negócio que é referência no mercado”, relata Massi. 

Kemp  

Parceria até para dormir no aeroporto 
A arquiteta Bárbara Emília Kemp Dugaich e o marido, Rogério Moraes, passaram por muitos perrengues desde que fundaram a Kemp Gerenciamento de Projetos. Nos primeiros passos da empresa, em Fortaleza, o casal percorreu o Nordeste economizando ao máximo para tornar o sonho do negócio próprio algo real e viável. Para isso, dormiam em aeroportos e rodoviárias, carregavam o computador de um lado a outro – não tinham notebook para as andanças – e chegaram a viver em uma casa sem geladeira por conta de demora na entrega da mudança que havia saído de São Paulo. Hoje, a empresa – agora sediada na capital paulista – tem cerca de 150 funcionários e fatura R$ 18 milhões anuais. 

 Mais Top Estética 

Ele largou o banco para empreender com a amada 

Fundadora da Mais Top Estética, a fisioterapeuta Natália Ribeiro conheceu o marido Caio em Avaré (SP). Enquanto ela cursava uma especialização e aprendia praticamente todas as funções na clínica de estética onde trabalhava, Caio era funcionário de um banco. Em 2016, quando ele foi transferido para uma agência do banco em Cruzeiro – também no Interior Paulista – já no cargo de subgerente, ela seguiu o coração: pediu demissão e mudou-se com o marido. E foi em Cruzeiro que Caio largou o banco para, junto com Natália, fundar a Mais Top Estética, rede que hoje já conta com cerca de 40 unidades espalhadas pelo país.  

Casa do Construtor  


O sonho dele virou o sonho do casal  
Sinônimo de disciplina e confiança, Luiz Henrique Roma encontrou na esposa, Regina Fernandes, o impulso para conquistar sucesso profissional. Depois de 20 anos de casados, em 2012 ele decidiu investir no franchising. “Minha esposa, recém-aposentada, topou mergulhar em um segmento que desconhecíamos e inclusive mudar de Estado. O meu sonho se tornou o dela. As dificuldades foram grandes, mas o amor venceu todos os obstáculos”, lembra o empreendedor. Juntos, os dois abriram uma franquia da Casa do Construtor em Petrolina (PE). O sucesso foi consequência da parceria dos dois e, hoje eles possuem três unidades da rede no Estado. “Casais comprometidos alcançam o sucesso juntos, mas é necessário resiliência”, conclui Roma. 

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TSE julga a chapa Bolsonaro / Mourão

09/06/2020 15:57

Estabilidade política? Conheço só de ouvir dizer. Os períodos menos inseguros ou operando com alguma estabilidade, desde que observo a política brasileira em meus 75 anos, têm sido momentos de transição para uma instabilidade vindoura, certa como o inverno gaúcho que se aproxima. Em analogias gastas pelo uso, temos experimentado "bolhas" de estabilidade, efetuado voos de galinha. São períodos durante os quais material explosivo vai sendo acumulado nas relações políticas e sociais e permanece à espera de uma ignição. Ou de um alfinete que acabe com a bolha. Ou de uma receita que precise da galinha.

O atual período de instabilidade, por exemplo, iniciou no ano de 2013 com os "vinte centavos" nas passagens de ônibus e, de lá para cá,  resistiu a todos os discursos que se empenharam em fazer crer que o Brasil era um reino de príncipes perfeitos, solidez institucional e convicção democrática lavrada em granito. Não vou chover nesse charco, mas já são sete anos de crise.

Quero avançar mais na questão da instabilidade, da qual o momento presente enche o palco com atores políticos institucionais e extrainstitucionais que brincam de Salomé querendo a cabeça de Bolsonaro. Mesmo aqueles congressistas viajantes no eterno trem da alegria do centrão, que se aproximam do presidente, gostariam de vê-lo pelas costas, não se metendo nos seus negócios, pois era assim - que diabo! - que a banda vinha tocando desde 1985.

Não bastasse isso, começam a chegar ao plenário do Tribunal Superior Eleitoral ações que tratam da cassação da chapa Bolsonaro/Mourão na eleição de 2018.  São cinco oportunidades para derrubar o governo. Cinco! Fico imaginando a dificuldade do cidadão, que foi às urnas e decidiu com seu voto aquele pleito, em entender como as campanhas eleitorais podem estar sendo revisitadas e reexaminadas um ano e meio depois! Como se sabe, em presença de alguma ilegalidade grave, a chapa será cassada e nova eleição, convocada. Se uma decisão assim ocorrer antes do fim deste ano, haverá nova eleição na Terra Brasilis; se depois, a eleição será indireta pelo Congresso. Ou seja, será presidente quem construir maioria com o centrão...

O TSE já se defrontou com uma ação assim, há exatos três anos, quando julgou a chapa Dilma/Temer acusada de grave ilegalidade. A presidente fora cassada pelo Senado (31/08/2016) e o mandato de Temer iria até 31 de dezembro de 2018. Com a nação em suspense, o TSE decidiu decidir; se absolvesse a chapa, Temer completaria o ano e meio de mandato restante; se a condenasse, haveria eleição de um novo presidente pelo Congresso. O ministro Herman Benjamin, relator do caso, estava tão convicto da culpa da coligação que dramatizou assim a situação: "Quero dizer que tal qual cada um dos seis outros ministros que estão aqui nessa bancada, eu como juiz me recuso ao papel de coveiro de prova viva". Contados os votos, foram dados quatro pela absolvição e três pela condenação. Por um voto Temer se manteve na presidência da República.

Tudo de acordo com a Constituição. O que está mais errado é nosso sistema de governo que coloca todas as fichas na eleição de uma pessoa, e o modelo institucional que lhe dá o poder com uma das mãos e tira com a outra. Também isso, como quase tudo no sistema, é ótimo para quem gosta de viver perigosamente. Eu não gosto.

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* Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

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Autismo, comorbidades e Covid-19

08/06/2020 18:27

Muitos pais ficam com dúvidas sobre como o novo coronavírus (COVID-19) pode ser perigoso ou não para quem tem o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). É importante deixar claro que pelo diagnóstico de autismo em si, essa pessoa não estaria no grupo de risco. O transtorno não aumenta as chances dela de ter problemas em relação ao Covid-19. Entretanto, a pessoa com autismo pode estar mais suscetível à doença caso tenha alguma comorbidade médica que possa representar maior exposição aos perigos da infecção. 

Quem tem TEA costuma ter mais alergias, bronquite, asma, ou seja, cerca de 30% deles têm algum tipo de condição alérgica associada. Outros têm, além do autismo, uma síndrome genética associada que pode ter correlação, dependendo do tipo de síndrome, com alguma imunodeficiência, tratamento recente de alguma neoplasia, de algum câncer, ou pode apresentar alguma malformação que envolva o sistema respiratório ou a deixe mais exposta a complicações intestinais, renais ou cardíacas. Então, com a presença de algumas dessas particularidades clínicas, ele passa naturalmente a ser do grupo de risco. 

Os autistas gostam de ter uma rotina e mantê-las. O isolamento acabou mudando a rotina das famílias e dos profissionais. Isso passou a ser difícil para a estabilidade mental e comportamental destas pessoas. Entretanto, ao se criar condições dentro de casa para manter uma rotina específica e oferecer coisas que ela gosta de fazer, pode-se ajudar a amenizar os problemas, pois ela acaba desenvolvendo um hiperfoco e motivação que aliviará as instabilidades. 

Neste processo, são indicadas atividades pedagógicas, lúdicas e visuais que ela goste de fazer. É uma forma da família continuar a estimulação, não só social, mas a acadêmica dessa criança também. Aproveitar para ajeitar horários, não deixá-la dormir ou acordar muito tarde para manter a rotina de antes. Assim, quando retomarmos a volta às aulas, ela já estará com essa rotina praticamente inalterada.

O isolamento pode deixar a criança com autismo mais agressiva, com crises de ansiedade e quadros depressivos. Mas vale ressaltar que ela vai estar com a família, dentro de um ambiente em que já está habituada a ficar, com os sons e os processos visuais e auditivos de sua preferência.

Os pais de autistas podem ajudá-los a se conscientizar sobre todo esse trabalho de prevenção do Covid-19, através de desenhos, figuras, vídeos e músicas, mostrando para ela como proteger a mão e o porquê de não colocar a mão na boca. Tudo o que for visual, concreto, com informações simples e sequenciais, são recursos que a criança com autismo tem mais facilidade em assimilar.

É muito importante o tratamento deles ser mantido pela família durante todo esse período. Mesmo que ela venha a ficar doente e precise tomar anti-inflamatórios, ou tomar remédio para a febre, ou até mesmo tomar antibióticos, as medicações que normalmente toma para o controle do seu comportamento devem ser mantidas e as consultas também. A tecnologia ajuda com as consultas e manejos online preservando seu tratamento. 

 

(*) Dr. Clay Brites é Pediatra e Neurologista Infantil (Pediatrician and Child Neurologist); Doutor em Ciências Médicas/UNICAMP (PhD on Medical Science); Membro da ABENEPI-PR e SBP (Titular Member of Pediatric Brazilian Society); Speaker do Instituto NeuroSaber.

* Clay Brites

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Primeira Edição © 2011