08/03/2022 11:49
Dia Internacional da Mulher: ainda há muito a se avançar no Brasil
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Celebrado em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher é um importante marco para relembrar as conquistas já alcançadas ao longo dos últimos séculos e, principalmente, refletir sobre os problemas de gênero ainda existentes no mundo. Há 90 anos, por exemplo, conquistamos no Brasil o direito ao voto feminino. O Estado do Rio Grande do Norte foi pioneiro nesse movimento e garantiu, em 1928, o direito de mulheres votarem e serem votadas. Nesse cenário, Alzira Soriano se tornou a primeira prefeita eleita no Brasil e na América Latina.
A demanda ganhou força no início do século XX, mas foi concretizada apenas em 1932, quando o novo código eleitoral do país entrou em vigor. Dois anos depois, em 1934, o voto feminino passou a ser previsto pela Constituição. Após quase um século desde esse momento histórico, o quanto avançamos no sentido de garantir representatividade e voz às mulheres? Essas equivalem a mais da metade da população e do eleitorado brasileiro. Mais de 77 milhões de brasileiras devem votar nas eleições de outubro. Apesar da maioria absoluta, seguem sendo minoria nos espaços políticos de tomada de decisão.
É importante reconhecer que os últimos anos trouxeram avanços importantes. O pleito eleitoral municipal realizado em 2020 bateu recordes percentuais de mulheres eleitas, em especial para os cargos de vice-prefeitas e vereadoras, com aumento de 16,52% e 16,05%, respectivamente. Quando nos referimos ao cargo de prefeita municipal, o aumento foi sutil, mas permanecemos à espera de que esse crescimento de fato ocorra de maneira desejável.
O ano de 2020 foi o primeiro em que os partidos políticos se viram obrigados a investirem proporcionalmente nas candidaturas femininas. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que a proporção dos fundos eleitoral e partidário transferida para as candidatas deveria ser igual ou superior ao número de mulheres concorrendo. Além disso, desde 2009, as cotas de gênero vêm trazendo um impacto positivo nas candidaturas femininas, ainda que pequeno. Em 2020, as indicações de candidatas ficaram acima do percentual obrigatório de 30%, mostrando que alguns partidos têm valorizado a nomeação de mulheres para além do que a Lei define
Por outro lado, a não fiscalização leva a questões que vão além da consolidação de uma política representativa. A falta de controle e punição estimula a manutenção de candidaturas fictícias ou laranjas, ou seja, mulheres que sequer sabiam ser candidatas, mas que foram usadas pelos partidos de modo que pudessem cumprir a cota e lançar suas candidaturas mais competitivas. A construção de um cenário político onde todas se sintam representadas e que os cargos de poder político sejam ocupados de forma a ser um reflexo mais fidedigno de seus eleitores e eleitoras, levando em conta a diversidade que é a população brasileira, ainda parece ser um sonho distante. É inegável que esforços estão sendo empreendidos com vistas à reversão desse cenário.
No entanto, consolidar um caminho de presença maciça das mulheres na política vai além do estabelecimento de cotas percentuais mínimas de gênero. Redes de fortalecimento e incidência de lideranças, movimento de voluntárias que buscam fortalecer e tornar competitivas as candidaturas femininas já vêm há anos fazendo o papel na sociedade. Já passou da hora de os partidos e a justiça fazerem a sua parte. Apenas um esforço conjunto de todos vai conseguir reverter e manter percentuais desejáveis de mulheres ocupando espaços de poder na política.
Um consenso é a necessidade de tornar as candidaturas femininas mais competitivas em todos os espaços e não apenas durante o período eleitoral. É fundamental que mais mulheres estejam presentes dentro das estruturas partidárias para que sejam também agentes tomadoras de decisão. Além disso, é fundamental não apenas elegê-la, mas construir um espaço onde sua governança seja possível.
Cabe destacar que durante a pandemia de Covid-19, que ainda coloca o mundo em sobressalto, surgiram exemplos de gestão feminina como fator determinante para o bom desempenho de enfrentamento do coronavírus, com práticas precisas, ágeis e eficientes. Nova Zelândia, Bangladesh e Taiwan são países-exemplo que, em comum, possuem uma mulher à frente de seus governos. No Brasil, dados das pesquisas periódicas realizadas pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) para acompanhamento da pandemia demonstram que em Municípios com prefeitas no comando o número de vítimas foi 43% menor no Brasil. Isso comprova que as mulheres atuam com extrema eficiência na gestão pública.
Tania Ziulkoski
Fundadora do Movimento Mulheres Municipalistas (MMM), da Confederação Nacional de Municípios (CNM)
05/03/2022 10:30
Comentar as atitudes desequilibradas de nosso presidente da República é nauseante. E para não fugir de seu padrão autocrático, “para Bolsonaro, é exagerado considerar que o presidente russo, Wladimir Putin, está perpetrando um massacre na Ucrânia”.
Ora, somente da visão torpe e tresloucada de quem tenha perdido o senso pode fluir tamanho disparate diante das imagens chocantes de destruição da Ucrânia.
Aliás, não é surpreendente para ninguém Bolsonaro expor a sua característica autocrática, pois com a Covid-19 tentou relativizar a pandemia como sendo apenas uma simples “gripezinha”.
Veja, na véspera da tomada de decisão do governo russo, Bolsonaro foi visitar Wladimr Putin como que um desagravo ao governo americano de Joe Biden. O seu filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro, tem usado o conflito para enaltecer o ex-presidente Donaldo Trump.
O ex-chanceler Ernesto Araújo fez críticas à postura de presidente Jair Bolsonaro (PL) diante da guerra na Ucrânia e afirmou que o mandatário está reproduzindo “desinformação russa” em suas falas. Em vídeo publicado nesta terça-feira, 1º, em seu canal no You Tube, o ex-ministro das Relações Exteriores disse que a posição de suposta “neutralidade” defendida pelo chefe do Executivo transmite, na realidade, uma preferência pelo país de Wladimir Putin.
“Me parece que a posição correta do Brasil, compatível com nossos valores morais e interesses materiais, seria um apoio à Ucrânia, junto com as grandes democracias ocidentais”, afirmou Araújo. O ex-chanceler também criticou a visita de Bolsonaro à Rússia no momento em que a tensão entre os países europeus já estava em escalada, o que, segundo o ex-ministro, contradiz a posição neutra que o presidente diz defender. Fonte: Estadão.
Quem se preocupa com a paz social das nações não pode ver apenas o seu lado de interesse comercial ou..., mas caminhar com aqueles que defendem o respeito e a liberdade dos povos.
*Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
03/03/2022 11:10
No Brasil, mais da metade da população é formada por mulheres, cerca de 109,4 milhões. Destas, 54,5% estão no mercado de trabalho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A presença feminina no mercado de trabalho é muito importante para a independência da mulher, e também, para a manutenção da representatividade e pluralidade de vozes.
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Mulheres representam 80% da força de trabalho na motelaria
“Somos um setor que emprega 80% de mão de obra feminina, gerando um grande impacto econômico em um setor que movimenta cerca de 4 bilhões de reais anualmente”, afirma Larissa Calabrese, gerente da Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis).
O setor moteleiro é responsável por gerar cerca de 300 mil postos de trabalho diretos e a mesma quantidade de indiretos no país. “O número de mulheres empregadas pelo setor moteleiro é extremamente relevante e é um aspecto importante socialmente. Muitas mulheres são chefes de família, sendo responsáveis por sustentá-las”, aponta Calabrese. Dentro da motelaria, as mulheres estão em diversos setores: “Elas ocupam todos os tipos de cargos. Desde posições de liderança nas áreas administrativas, gerenciais, governanças (camareiras e arrumadeiras), até cozinhas e recepções”.
Sendo assim, o que faz as mulheres predominarem nesse segmento são algumas características presentes na maioria delas. “Nós costumamos ser mais dedicadas e realizamos tarefas com extrema atenção aos detalhes, como na conservação dos ambientes e na preparação dos cardápios. Além disso, somos mais receptivas no trato com o cliente. Sendo estes fatores fundamentais no diferencial do que é apresentado para os hóspedes durante a estadia”, comenta a gerente.
Contudo, não é apenas nos postos de trabalho que elas são decisivas para a motelaria. “As mulheres são as principais responsáveis pela escolha dos motéis e das suítes. Esse panorama nos alerta em relação ao tipo de marketing realizado pelos motéis, já que o poder de escolha está nas mãos delas. Propagandas com duplo sentido ou piadas machistas impactam negativamente na hora da escolha. Pensar como elas, é mais fácil quando se é uma delas”, conclui Larissa Calabrese.
Sobre a ABMotéis
A Associação Brasileira de Motéis (ABMOTÉIS) foi fundada em setembro de 2012 e é a única representante dos motéis do Brasil. Atualmente, a sua diretoria é composta por representantes de 17 estados, além do Distrito Federal (DF). A missão da associação é profissionalizar e desenvolver o segmento moteleiro, estimulando o empresário do ramo a investir e expandir suas empresas, oferecendo, cada vez mais, serviços de qualidade aos clientes e gerando mais empregos. Acesse: clique aqui.
03/03/2022 09:52
Na próxima segunda-feira, 07 de março, tem início o período de entrega da Declaração de Imposto de Renda 2022 - Ano Base 2021. Que para este ano apresenta algumas novidades e que o conteúdo a ser apresentado deve ser foco de grande atenção por parte dos contribuintes.
A expectativa da Receita Federal é que sejam entregues mais de 34 milhões de declarações. Para o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos, é interessante que as pessoas se preparem com antecedência para declarar, já procurando e separando os documentos necessários.
"Quanto mais preparado o contribuinte estiver melhor, já que os primeiros dias são os mais interessantes para o envio e isso por dois motivos: quem entrega o material com antecedência receberá sua restituição antes, além disso, em caso de problemas, o contribuinte terá tempo para resolvê-los, evitando a necessidade de realizar uma declaração retificadora, depois do prazo de entrega, que será 29 de abril", alerta.
Para entender melhor, a Confirp detalhou um resumo sobre os principais pontos sobre o tema:
Prazo de entrega
O prazo neste ano será das 08 horas do dia 07 de março até o último minuto do dia 29 abril.
Quem é obrigado a entregar
Novidade para 2022
01 - Bens Imóveis
02 - Participações Societárias
03 - Aplicações e Investimentos
04 - Créditos
05 - Depósitos a vista e Numerários
06 - Fundos
07 - Criptoativos
99 - Outros bens e direitos
Possibilidade de informar o rendimento do bem diretamente na ficha do Bens e Direitos - Agora o contribuinte poderá informar o rendimento de determinados bens diretamente na ficha de Bens e Direitos, não precisando mais sair dessa ficha para incluir a informação nas Fichas de Rendimentos.
Informações complementares - Algumas informações complementares passarão a ser obrigatórias, tais como RENAVAN, no caso de veículo automotores, número de registro de embarcações e aeronaves, CEI/CNO para construções, dentre passarão a ter alerta do sistema quando não forem preenchidas (mas ainda não serão obrigatórias).
Como elaborar
Como elaborar sua declaração iniciando com a Declaração Pré-preenchida
O Contribuinte poderá utilizar os dados da declaração de ajuste anual declaração pré-preenchida para elaboração de uma nova declaração de ajuste anual a partir:
Desconto simplificado
Poderá optar pelo desconto simplificado de 20% do valor dos rendimentos tributáveis na Declaração de Ajuste Anual, limitado a R$ 16.754,34 em substituição de todas as deduções admitidas na legislação tributária.
Principais despesas dedutíveis
Quem pode ser dependente
Penalidade pela não entrega
01/03/2022 22:15
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Mesmo com a folia do Carnaval suspensa pela pandemia de Covid-19, a data está se aproximando e, com ela, a importância de destacar e prevenir as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Conforme a enfermeira Ana Paula Bento Lima, líder do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Geral de Itapevi, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, esta época do ano, historicamente, apresenta um aumento considerável das chamadas exposições de risco -- relações sexuais desprotegidas --, responsáveis pelas Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
A terminologia substituiu recentemente a expressão “Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)”, porque uma pessoa pode estar aparentemente sadia, mas infectada. E transmitir da mesma forma, sem sinais ou sintomas de uma doença.
“O Carnaval é uma época de grande extravasamento e alegria, especialmente após um período prolongado de restrição a eventos sociais. As pessoas costumam ir a baladas e festas e podem acabar abusando de bebidas alcoólicas e/ou drogas. Dessa forma, é muito importante chamar a atenção para o tema”, afirma Ana Paula.
As ISTs podem ser causadas por vírus, bactérias, parasitas e outros micro-organismos, e sua transmissão acontece, principalmente, por meio de contato sexual -- seja ele oral, vaginal ou anal -- com uma pessoa que esteja infectada, sem o uso de preservativos.
Entre as infecções mais comuns estão herpes genital, HPV, gonorreia, HIV/Aids, hepatites virais dos tipos B e C, clamídia, tricomoníase e sífilis. Essa última é considerada uma epidemia silenciosa no Brasil, com um total 917.473 casos de sífilis adquirida notificados entre 2010 e junho de 2021, segundo o boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.
“Hoje em dia há a falsa sensação de que, caso a pessoa se infecte, é só tratar, dispensando o uso do preservativo. Isso é uma falácia. Algumas ISTs acabam tornando-se doenças crônicas e podem gerar complicações futuras”, alerta a enfermeira.
Prevenção
Todos que praticam relações sexuais desprotegidas estão expostos ao risco de contrair uma IST, independente de idade, estado civil, gênero, orientação sexual ou crença. A camisinha, seja ela masculina ou feminina, continua sendo o método comprovadamente mais eficaz para evitar as transmissões e até mesmo uma gestação não planejada.
“Entretanto, vale ressaltar que apenas uma oferta exclusiva de preservativos não é suficiente para garantir os diversos aspectos da saúde sexual”, explica a enfermeira.
Dessa forma, torna-se fundamental a ampliação dos conhecimentos para a aplicação da chamada “prevenção combinada”, que abrange o uso de preservativos, ações de cautela, diagnóstico e tratamento.
No Brasil, tanto a prevenção, por meio do uso de preservativos e Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), uma combinação de dois medicamentos (tenofovir e entricitabina) em um único comprimido, que impede que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo, como o diagnóstico e o tratamento são fornecidos de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Um tratamento adequado é capaz de melhorar a qualidade de vida e interromper o ciclo de transmissão destas infecções.
Segundo a especialista, as ISTs também podem ser transmitidas pelo contato sanguíneo; de uma mãe para o seu bebê, durante a gestação, parto ou amamentação ou por formas menos comuns, através do contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. “Por isso, é importante não compartilhar objetos de uso pessoal, como toalhas, barbeadores, alicates e escovas de dente, entre outros.”
Sintomas
Normalmente, os sintomas das ISTs costumam aparecer principalmente nos órgãos genitais, mas não é uma regra. Alguns podem surgir na palma das mãos, olhos e outras partes do corpo.
“Durante a higiene pessoal, observe seu corpo, isso pode ajudar a identificar uma infecção em estágio inicial. Caso perceba algum sinal ou sintoma, procure o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual”, explica a enfermeira.
Ela destaca ainda que algumas destas infecções podem passar despercebidas por um longo período. “Esses casos são considerados assintomáticos. Se não forem diagnosticados e tratados, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer e até mesmo óbito.”
Relação desprotegida
Em caso de exposição sexual de risco, é possível recorrer à PEP (Profilaxia Pós-Exposição), uma medida preventiva de urgência à infecção pelo HIV, disponível em unidades de saúde de todo o país.
“A PEP consiste no uso de medicamentos capazes de reduzir o risco de adquirir essas infecções. Seu uso deve ser feito em até 72 horas após a relação desprotegida, ao longo de 28 dias”, afirma a enfermeira.
Mesmo com o uso da profilaxia, o preservativo ainda é a barreira de proteção mais eficiente, já que ele é capaz de prevenir outras infecções, como sífilis e gonorreia, não abrangidas pela PEP.
“Quando for sair para a curtição, tenha sempre preservativos em mãos. Por meio deles, podemos prevenir as ISTs e gestações indesejadas. Além disso, é de extrema importância um acompanhamento regular”, finaliza.
Sobre o CEJAM
O CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Peruíbe e Itapevi.
Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.
Primeira Edição © 2011