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Como evitar que sequestrem e clonem suas redes sociais

25/07/2022 12:31

Uma característica da sociedade moderna e que quase todas as pessoas estão quase todo o tempo compartilhando importantes informações de suas vidas íntimas no mundo digital, e sem preocupação ou cuidado. São fotos e vídeos de almoços e jantares em restaurantes, viagens, localização de casa, caminho do trabalho e compras e presentes como carros, roupas, eletroeletrônicos e até joias.

Assim, a pergunta que faço é, até que ponto compartilhar essas informações pessoais e financeiras é seguro e até que ponto ela não expõe as pessoas ao mundo do crime? É muito importante o debate sobre a segurança nas redes sociais, merecendo grande atenção e cuidado.

Atualmente problemas da segurança digital relacionados às redes sociais estão ganhando proporções cada vez maior. Sendo que são bilhões de pessoas que estão expostas a esses fraudadores. Um exemplo são os hackers (criminosos) que sequestram as contas de redes sociais de pessoas ou empresas.

Os riscos dos usuários são muitos e a facilidade com que esses hackers têm acesso a uma conta é grande. Esses problemas nascem de descuidos dos usuários, como quando acessam as redes sociais de locais com redes compartilhadas, como shopping center, praças públicas ou cafés, que não oferecem uma conexão segura. Com isso, as senhas das redes de relacionamento podem ser facilmente expostas e hackeada.

Lembrando que o pesadelo não consiste apenas no sequestro ou roubo de dados pessoas e na dificuldade de reaver a conta ou de ser monitorado 24 horas. São muitos os riscos como ter o nome ou a imagem envolvida em tentativas de ações criminosas, como golpes. Está cada vez mais comum casos de hackers clonando ou sequestrando contas e interagindo com familiares, amigos ou até mesmo com os clientes das vítimas, em uma espécie de marketing malicioso.

Assim, o hacker criminoso pode enviar links maliciosos para todos da rede de relacionamento de um usuário, em um ataque muito bem executado. Esse ataque pode também conter um Ransomware ou um malware, podendo até assumir o controle de um computador.

No caso de empresas, existe hoje uma grande preocupação de marketing nas redes sociais, porém não há uma preocupação se um funcionário fará esse acesso de maneira segura. E isso piora quando há muitos colaboradores com acesso a essas contas.

Nesse contexto de preocupação também é importante incluir a busca do Google e até o Google Adwords, que já é utilizado por criminosos que usam a ferramenta para infectar e para conseguir extorquir o usuário. Como pode ver, os riscos são muito, mas tenho 10 orientações para ajudar as pessoas a se protegerem:

1.Troque suas senhas periodicamente e procure criar senhas difíceis, nada de usar nomes, datas de nascimentos e sequencias simples (123456, por exemplo);

2. Tenha sempre autenticação dupla ou tripla em contas que possibilitam, também busque utilizar sempre ações de segurança por meio de SMS ou aplicativos do Google e outros. As próprias redes sociais oferecem essa possibilidade em suas configurações. Isso pode reduzir bastante o vetor de ataque;

3. Evite acessar essas redes usando computadores de outras pessoas ou coletivos e também fuja de acessos a redes públicas, e crie a regra: sempre que logar, deslogar;

4. Proteja sua localização, por mais que pareça interessante, evite marcar locais e lugares que frequenta e fazem parte da sua rotina

5. Muito cuidado com a imagem, evitando postar fotos e vídeos que revelem detalhes sobre a vida ou sobre a empresa;

6. Falando de empresas, sempre conte com auxílios de consultores em ciber segurança, para instalar as ferramentas adequadas e para orientar seus colaboradores sobre práticas seguras de marketing digital.

7. Não use seu nome completo, aposte em abreviações ou apelidos em casos de contas pessoais;

8. Cuidado com o clique, só entre em um link ou aperte um botam se for realmente seguro, evite clicar em tudo que aparece;

9. Os e-mails são ótimas portas de entradas para vírus e usam estratégias bastante atrativas, falando de multas e promoções. Cheque sempre o endereço de quem enviou o e-mail;

10. Converse com as pessoas próximas, deixe claro as formas que usa as redes sociais e estabeleça formas de contatos alternativas para casos de mensagens suspeitas.

Afonso Morais - Sócio Fundador e CEO da Morais Advogados Associados e especialista em combate a fraudes financeiras, digitais e em recuperação de crédito empresarial. 

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22.07 Dia do Trabalho Doméstico: especialista explica o que fazer em casos de exploração

21/07/2022 16:17

Dificilmente se encontra alguém que ouviu falar e não se comoveu com a história da dona Madalena Santiago da Silva, que foi resgatada em 2021 após trabalhar 54 anos sem receber salário, porque, segundo a patroa, ela era considerada “da família”. Casos como esse são reflexo de como o trabalhador doméstico é desvalorizado e, por isso, se comemora em 22 de julho o Dia Internacional do Trabalho Doméstico.

A data foi firmada há 95 anos nos Estados Unidos, fazendo referência à luta por condições de trabalho mais justas. Já no Brasil a data é simbólica e serve para lembrar o valor do serviço. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até o final de 2021, 325 mil profissionais desse setor na Bahia não tinham carteira assinada, o que representa 85% do total, que é de 381 mil pessoas.

Comparado com 2020, este número representa um aumento de 29% na quantidade de trabalhadores domésticos na Bahia e de 39% na parcela desses profissionais sem carteira assinada. Segundo o advogado especialista em direito do trabalho, Vinícius Rabello, os problemas de exploração geralmente ocorrem com trabalhadores informais, em que não se tem carteira assinada.

“Todo e qualquer trabalhador deve ter sua dignidade respeitada. Quando a gente fala em dignidade, o mínimo que se espera é que além do tratamento cordial, urbano e respeitoso, é que ele tenha sua carteira de trabalho assinada, não ganhe menos do que a lei pré exige”,afirma Vinicius.

Como identificar exploração - O advogado também pontua que quando a empregada doméstica trabalha sem carteira assinada, sem limite de horas diárias definido e em que o patrão desconta na sua alimentação, há um indício de que pode estar havendo uma exploração. Após detectar o caso, é preciso acionar as autoridades, que são a polícia e o Ministério do Trabalho. Nestes casos, os auditores fiscais irão na residência em questão e farão uma análise das condições de trabalho da doméstica. O especialista, que também é professor do Centro Universitário UniFTC Salvador, também ressalta que é importante que a comunidade como um todo se atente a essas condições.

“A legislação demorou bastante tempo para ser regulamentada, mas eu costumo dizer que a demora na regulamentação não fez diminuir o número de exploração dos trabalhadores domésticos, porque aquele que explora não está ligando para a legislação”, pontua o advogado. Ele se refere a Lei Complementar 150, que em 2015 regulamentou o trabalhador doméstico.

Problema para se aposentar - Outro grande problema relacionado às domésticas é que os casos em que não se tem a carteira assinada acarreta em dificuldades para se aposentar. Ao dar entrada no INSS, a primeira coisa a ser analisada é a qualidade do segurado, caso ele seja inscrito no INSS. “Se ele não tem carteira assinada, ele não é inscrito no INSS e portanto o INSS vai negar a aposentadoria dele. Ele vai ter que ajuizar uma declaração trabalhista, esperar uma condenação do empregador, e apenas com a sentença que ele conseguirá averbar o tempo junto ao INSS para aí sim obter a sua tão sonhada aposentadoria”, conta Vinicius.

Felizmente, essa não é a realidade de Edjane Brito Pinheiro Lima, 33, que trabalha como doméstica há um ano e seis meses. Ela afirma que sua jornada é de 8 horas por dia, tem direito a uma hora de almoço diária e férias. Só que este não é o caso de todas, pois a trabalhadora doméstica ainda menciona conhecer colegas de ofício que não têm os mesmos direitos e condições de trabalho que ela. 

“Me sinto insatisfeita, pois ainda existem patrões que tratam seus funcionários como no tempo da escravidão”, Edjane relata. Ela alega ter conhecimento dos seus direitos e também nega que já tenha sido desrespeitada por seus patrões ou até mesmo desenvolvido algum problema de saúde em decorrência do trabalho. Mesmo não passando pelo que dona Madalena Santiago passou, ela tem consciência de que a categoria é bastante desvalorizada.

“Eu tenho esperança sim de que um dia vamos ter os mesmos direitos que as outras profissões têm, como assistência médica, FGTS, seguro de 5 meses, cesta básica, etc. Infelizmente, nossos direitos ainda são muito rasos”, por fim, Edjane Brito declara.

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Lei do Distrato e sua importância para os compradores de imóveis

21/07/2022 11:42

A complexa cadeia produtiva do mercado de incorporação imobiliária representa 9,7% do PIB nacional. Na crise econômica de 2016, o incremento no número de distratos, a necessidade de manter o setor equilibrado, proteger os empreendimentos e, consequentemente, os compradores de imóveis, motivou o projeto de lei 13.786/18.

Após amplo debate pelo Legislativo e pela sociedade, foi promulgada, em 2018, a chamada Lei do Distrato. Seu propósito foi trazer tranquilidade ao setor, aos bons compradores e às instituições financiadoras. Para impedir prejuízo conjunto de adquirentes, a legislação estabeleceu claramente que aquele que deseja simplesmente desistir da compra não terá nenhuma vantagem em fazê-lo. A lei, em essência, trouxe o equilíbrio contratual coletivo.

De acordo com levantamento do Secovi-SP na cidade de São Paulo, em maio deste ano, a porcentagem de distratos em relação ao número de unidades vendidas foi de 5,6%. Em agosto de 2016, auge da crise dos distratos, o porcentual foi de 23,5%. Em termos nacionais, dados da Abrainc indicam que, no 1º trimestre de 2022, o percentual de distratos chegou a 11%, enquanto, em momentos críticos, como no 1º trimestre de 2016, representou 62% das unidades vendidas no período.

Outro marco legal da maior importância aos consumidores de imóveis é o instituto do patrimônio de afetação, no qual é criada uma empresa exclusiva para cada empreendimento, com patrimônio separado da incorporadora/construtora, o que garante ainda mais tranquilidade aos compradores e aos agentes financiadores dos empreendimentos.

Pelo patrimônio de afetação, todo o caixa do empreendimento deve ser dedicado ao desenvolvimento do projeto. Portanto, eventuais distratos, com devolução ainda que parcial de quantias até então recebidas, acarretariam danos indevidos aos bons compradores, aos empregos e à produção de novas moradias.

Vale ressaltar que as instituições financeiras utilizam, em sua maioria, recursos da poupança dos trabalhadores (FGTS e SBPE) para financiar os empreendimentos imobiliários e exigem um limite mínimo de vendas frente ao custo da obra.

Quando ocorrem muitos distratos e as vendas são canceladas, a métrica do índice de liquidez e a saúde financeira daquele empreendimento podem ficar comprometidas e o financiamento é interrompido, prejudicando a entrega dos imóveis a todos os compradores.

Recorrer ao distrato deve ser a última opção do consumidor. Uma dica para quem está pensando em cancelar o contrato é tentar renegociar o pagamento ou o parcelamento com a incorporadora. O diálogo continua sendo o melhor caminho!

Por Rodrigo Luna, José Ramos Rocha Neto e Fabricio Mitre



Rodrigo Luna é presidente do Secovi-SP
José Ramos Rocha Neto é presidente da Abecip
Fabricio Mitre é CEO da Mitre Realty e conselheiro do Secovi-SP

Fabricio Mitre é CEO da Mitre Realty e conselheiro do Secovi-SP
Crédito da imagem: Divulgação

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Maternidade real – aquilo que ninguém conta sobre ser mãe

21/07/2022 10:46

De alguns anos para cá muito tem se falado sobre a maternidade real e esse movimento começou a se tornar notório por meio de algumas mães famosas na internet postando sobre o “lado real da maternidade”. Dentre tantos desabafos, os temas variavam entre: cansaço, amamentação, ter de fazer várias coisas ao mesmo tempo e cuidar do bebê, etc.

Mas as realidades são inúmeras e muitas mulheres costumam se manifestar em posts de mulheres famosas dizendo que aquela realidade não as representa, afinal, elas não têm cuidadores em tempo integral ou as muitas facilidades como não ter que realizar afazeres domésticos, etc.

Mas a maternidade real, além de estar relacionada às diferentes realidades das mulheres, também é sobre a “desromantização” do que é ser mãe.

Nem só dores ou só alegrias – mas a realidade

Essa transparência de mostrar uma maternidade “entre delícias e dores” vem da necessidade de mostrar o ser mãe como é, sem a imagem romantizada da mãe perfeita e de que o processo da maternidade é lindo e feliz.

O site de roupa infantil, Datitia, também especialista em temas em torno do comportamento infantil e maternidade, entrevistou algumas mães para relatarem as suas experiências.

Ana Clara de Paula, 28, mãe do Arthur de 1 ano, conta que para ela, além do desafio de ser mãe, existia a sensação de solidão:

“Sou mãe solo, pouco antes do nascimento do meu filho, meu namorado terminou comigo e mesmo tendo o apoio dos meus pais e amigos eu me senti muito sozinha no processo todo. E o dia a dia também foi muito complicado nos primeiros meses. Eu não tinha leite e sentia uma cobrança de que eu teria que amamentar. Eu ainda estou me recuperando de muitas coisas, mas algumas cobranças ainda doem em mim”.

Já Fernanda Souza Gidiard, 36, mãe de dois filhos, César, 2 anos e Maria Eduarda, 4, diz que o desafio é diário:

“Tem dias que eu tenho vontade de sumir de casa, mas aprendi a ver esses momentos com um pouco mais de autocompreensão. Meu marido me ajuda dentro do possível, mas a maior carga sempre costuma ficar com a mãe. Eu tenho o privilégio de contar com pessoas para me ajudar e mesmo assim é difícil, imagino quem precisa fazer tudo sozinha. Mas ser mãe está longe de ser uma propaganda de margarina na TV, tem dias que eu não tenho paciência nem comigo mesma”, conta.

Para Érika Julio de Souza, 27, mãe da Giulia de apenas 4 meses, a maternidade, além de inesperada, tem sido confrontadora:

“Eu ainda não me reconheço como mulher, sabe? Não parece que sou a mesma Érika, amo minha filha, mas não é um sonho lindo não, é uma realidade e eu estou aprendendo a enxergar beleza em tudo isso. Engravidei tomando pílula, eu não queria agora ser mãe, mas aconteceu, dentro daquele 1% de possibilidade. Não é fácil, mas é também uma transformação, por enquanto nem boa e nem ruim”, acredita.

A maternidade é uma vivência particular, além dos mitos e, para cada mulher, dentro de sua realidade, é uma experiência que une fatores positivos e negativos.

Maternidade real é o ser mãe de verdade, sem manual de como tem que ser ou não. Cada mãe terá uma vivência única. Qual o seu relato de maternidade real?

 
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Como despertar o interesse do consumo consciente nas crianças?

18/07/2022 20:28

Com o intuito de ensinar a lidar com o dinheiro é bem comum que mães, pais e avós deem mesada para as crianças em dinheiro. Apesar de parecer um bom caminho, oferecer apenas o dinheiro não é suficiente para uma educação financeira eficaz.

Para estimular o aprendizado e o consumo consciente é preciso que exista repetição de atividades que simulam a criação de hábitos positivos. "Precisamos apresentar para as crianças conceitos de dinheiro, como ganhar, economizar e gastar com responsabilidade. Além de monitorar as compras, garantindo que elas desenvolvam um relacionamento saudável com o dinheiro", explica Gabriel Roizner, CEO da Mozper, fintech que ajuda pais, mães e responsáveis a educar crianças e adolescentes para tomar decisões financeiras inteligentes e responsáveis.

Nesse sentido, fornecer uma conta com cartão é uma escolha inteligente, já que permite ensinar educação financeira, na prática, e dessa maneira, as crianças conseguem vivenciar a experiência real de compra e consumo consciente. "Com o avanço da era digital, é importante que as crianças aprendam a usar os produtos bancários desde cedo, além de saber suas vantagens e como usá-los com segurança", afirma. Contudo, no momento da escolha da conta, é necessário verificar se a instituição financeira segue as regras de uso impostas pelos pais e responsáveis e se há ferramentas disponíveis que permitam às famílias construírem um futuro financeiro saudável. Dentre as características mais relevantes para o público jovem, Roizner aponta ser essencial que o cartão seja bloqueado em negócios restritos a menores, como sites de apostas, por exemplo. "Além disso, na Mozper, é possível direcionar o limite de despesas por categoria, como alimentação e entretenimento. Com isso, as famílias, que usam o aplicativo, relatam que conseguem conversar sobre dinheiro em casa de uma maneira mais fácil e divertida."  

Sobre Mozper

Mozper é uma plataforma financeira para famílias que funciona por um aplicativo e cartão. Os responsáveis adicionam dinheiro no cartão das crianças e adolescentes pelo aplicativo, que recebem imediatamente e podem usá-lo conforme as regras definidas pelos pais ou responsáveis e com supervisão da família, além de criarem metas de poupança e tarefas remuneradas. Dessa forma, Mozper ajuda os responsáveis a ensinar crianças e adolescentes a administrar suas finanças de maneira simples e divertida.

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Primeira Edição © 2011